Projetado pelos arquitetos Alexandre Burmester e José Carlos Cruz Gonçalves, o edifício-sede da Vodafone, que acolhe escritórios, megastore, auditório e restaurante, é uma obra de grande impacto urbanístico que se demarca pela qualidade, criatividade e singularidade. É inegável o seu contributo para a valorização de Lisboa e, em particular do Parque das Nações, projetando uma cidade moderna, sustentável e cosmopolita.
A sua relevância provém não só da dimensão (cerca de 70.000 m²) e valor arquitetónico, mas também dos desafios tecnológicos e soluções que encerra. Com uma implantação que possibilita duas faces distintas, uma aberta ao rio e a outra voltada para a Avenida D. João II, o edifício é composto por um único corpo estrutural que inclui três volumes: dois edifícios simétricos, nos topos Norte e Sul, afastados ligeiramente entre si e ligados ao nível dos pisos 7, 8 e 9 por um corpo aéreo – a designada ponte da Administração com escritórios panorâmicos – e por uma viga parede que constitui a fachada principal do edifício, virada a poente.
No tratamento das superfícies, fenestrações e aberturas foram adotados volumes rombóides, cujo efeito pode ser considerado como uma reinterpretação contemporânea da Casa dos Bicos. O edifício, que se tornou uma referência na cidade de Lisboa, procura transmitir conceitos intrínsecos à Vodafone como inovação e dinamismo.
A gestão do projeto e da obra coube à Engexpor, reafirmando o seu constante e forte dinamismo nesta zona da cidade.
Prémio Valmor e Municipal de Arquitetura
