O Palácio Henrique Mendonça, localizado na Rua Marquês da Fronteira, está a ser reabilitado para acolher a sede global da Imamat Ismaili (comunidade ismaelita).
Frederico Valsassina é o arquiteto responsável pelo projeto que está a recuperar criteriosamente a pedra, os rebocos originais e todos os fingidos, madeiras e pinturas interiores. Nas fachadas tudo se mantém: as caixilharias de ferro são preservadas e as de madeira estão a ser recuperadas. A nível de lustres e ferragens conseguiu-se, inclusivamente, contactar a empresa francesa que na altura foi responsável pela sua execução. A obra complexa e rigorosa inclui ainda a construção de um parque de estacionamento e dois elevadores.
Na intervenção do palácio estão também envolvidos o paisagista Iñaki Zoilo, responsável pela recuperação do jardim histórico com 3 hectares, e a Fundação Ricardo Espírito Santo Silva, que tem a cargo o restauro de elementos e peças decorativas, como os azulejos de Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro, os painéis de madeira, bronzes, pintura decorativa, estuques e têxteis.
Encomendado por Henrique José Monteiro de Mendonça (1864-1942) ao arquiteto Ventura Terra em 1902, o palacete de arquitetura clássica de influências italianas recebeu o Prémio Valmor no ano da sua inauguração, em 1909, sendo hoje considerado monumento nacional.
A Engexpor foi selecionada para fazer a gestão de projeto e a obra de reabilitação deste edifício monumental, a segunda que realizamos para a comunidade ismaelita em Lisboa.